Democrática, o corrida tem se tornado uma alternativa acessível para quem pretende incluir atividades físicas no dia-a-dia sem encarar o ambiente da academia. Mas, para quem busca melhorar seus índices e proteger-se de lesões, incluir a musculação na agenda deve torna-se uma realidade.
A corrida de rua tem ganhado cada vez mais adeptos. Entre os maratonistas brasileiros, o número cresceu 40% entre 2009 e 2014, segundo pesquisa realizada pelo corredor e estatístico dinamarquês Jens Jakob Andersen. Democrático, o esporte tem se tornado uma alternativa acessível para quem pretende incluir atividades físicas no dia-a-dia sem encarar o ambiente da academia. Mas, para quem busca melhorar seus índices e proteger-se de lesões, incluir a musculação na agenda deve torna-se uma realidade.
O educador físico e sócio-proprietário da Personal Work, Claudio Lafemina, acredita que aliar as duas atividades só traz benefícios: “A musculação melhora a economia de corrida, ou seja, o atleta precisar de um esforço menor para cumprir o percurso; prepara a musculatura para os treinamentos, protegendo ossos e articulações contra lesões; ajuda na manutenção dos músculos; melhora o desempenho de modo geral e aumenta ainda o metabolismo.”
Ele explica que duas ou três sessões de musculação por semana são suficientes para preparar a musculatura para o impacto da corrida. Os músculos das coxas (tanto anteriores quanto posteriores), panturrilhas, glúteos, músculos lombares, das costas e abdominais devem ser os principais focos da atividade. “É importante também que se trabalhe o corpo de uma forma global para manutenção da massa muscular e equilíbrio entre membros superiores, inferiores e melhora da postura”, acrescenta o educador.
A intensidade dos exercícios deve se adaptar aos objetivos de cada atleta bem como ao tipo de prova e faixa etária. De modo geral, o indicado é dividir período de treinamento três partes: básica ou preparatória, na qual se trabalha mais volume do que intensidade; fase competitiva, na qual se trabalha mais intensidade do que volume e fase transitória, quando se diminui tanto o volume quanto a intensidade do treinamento ou até mesmo praticando outras atividades que não a corrida, servindo como descanso ativo.
Nessa fase, é possível ainda incluir novas atividades como exercícios funcionais e Pilates que propiciam a melhora da flexibilidade, postura e gesto esportivo, como a pisada e o posicionamento do corpo durante a corrida. Caso o atleta tenha disponibilidade, é permitido utilizar esse tipo de atividade também durante as outras fases do treinamento, porém, é preciso ficar atento para não exagerar no volume e intensidade do treinamento, alerta Claudio. Os exercícios podem ser ainda, uma alternativa de fortalecimento muscular para quem não se adapta ao ambiente da academia.
Matéria enviada por Communica Brasil